segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O preço da Segurança

Companhias de seguro devem acompanhar o crescimento da indústria e projetam aumento de 7% para 2011. Saiba por que o perfil do condutor influencia no preço da apólice.

A indústria automobilística vem batendo recordes e mais recordes no mercado. Ano passado, mais de 3,5 milhões de veículos saíram das concessionárias, um aumento de 14,3% em relação a 2009, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Proporcional ao crescimento, os contratos de seguro decolaram. Para 2011, a expectativa da Federação Nacional de Seguro é de uma demanda 7% maior nas contratações de apólices. O mesmo se espera do segmento aquecido dos utilitários, um dos que mais crescem no Brasil.



Além de contar com a carroceria grande e a tração 4x4, são veículos geralmente mais sofisticados, versáteis e com um perfil urbano, já que a altura do carro transmite segurança ao usuário no trânsito. 

"A mão de obra para manutenção e a troca das peças são mais caras. O luxo acaba refletindo no valor do seguro", explica a corretora da Cooperativa de seguros (Cotraseg) Andréia Carvalho.

O cálculo da apólice leva em conta informações pessoais de quem contrata o serviço, assim como a categoria do veículo. A funcionária pública aposentada Eleusa Santana Aragão, 55 anos, tem um Hyundai Tucson 2.0. Paga, anualmente, R$ 1,7 mil pelo seguro. "Poderia ter ficado ainda mais barato", comenta. "A minha idade e a do meu marido ajudaram a abaixar o preço, mas minha filha, Luiza, também está incluída no seguro. Como ela tem 23 anos, o valor aumenta". Idades de 18 a 25 anos são consideradas um fator maior de risco para as seguradoras.

O cálculo é feito a partir da avaliação do perfil do contratante. Idade, estado civil, sexo, se existe garagem para guardar o carro ou se ele fica em estacionamento, e até algumas estatísticas de sinistro são critérios usados. E, no caso dos utilitários esportivos, o preço aumenta pelo uso off road que o dono pode fazer dele. Eleusa prefere não colocar seu SUV além do asfalto, mas a máquina foi projetada para enfrentar barro, terra, pedras e trilhas fora de estrada.

Renovação
A categoria tarifária é determinada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), "mas outros fatores também valem na formação do valor, como o bônus", ressalta a corretora Solimar Ribeiro. A partir do 1º ano de renovação do seguro sem utilizá-lo, por exemplo, o assegurado tem direito a um percentual de desconto sobre o prêmio pago à seguradora. Essa dedução é cumulativa até o 5º ano consecutivo. E mais: é possível mudar de corretor ou seguradora e manter o benefício. A aposentada Eleusa Aragão recebe 40% de desconto porque tem 10 anos nessas condições. Sem o alívio no bolso, pagaria R$ 1,3 mil a mais.[2]


Dicas
» Verifique se a corretora e a seguradora possuem autorização de funcionamento junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é o órgão fiscalizador das operações de seguro

» Entre em contato com um corretor. 

Ele deve analisar o perfil de risco e ajudá-lo a encontrar o produto mais adequado
» Avalie com cautela as importâncias seguradas que serão contratados para danos materiais, corporais e morais a terceiros

» Quem comprou um zero conta com a possibilidade de ser reembolsado, em caso de sinistro, pelo valor de um automóvel novo, até seis meses após a saída da concessionária. Observe se a seguradora oferece essa cobertura

» Analise se as coberturas oferecidas atendem às necessidades, se os valores de indenização são compatíveis com os eventuais prejuízos que possam ocorrer e se há uma garantia de prazo de indenização

» Observe que quanto maior a participação do segurado na franquia, menos pagará pelo seguro. Portanto, veja se o seu orçamento comporta o valor da franquia

» Informe corretamente os dados pessoais para ter direito à indenização, em caso de sinistro »

Avalie se a seguradora oferece benefícios extras, como carro reserva e limite de quilometragem oferecido pelo guincho

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