quarta-feira, 29 de junho de 2011

Envelhecimento da população: o mercado de trabalho está preparado?

Pesquisador da Unicamp diz que, hoje, o que sobra é mão de obra. Mas, no futuro, mercado precisa se reestruturar

Desde 2000, a população brasileira cresce a uma taxa de 1,17% ao ano. Segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em agosto do ano passado, havia no País mais de 190 milhões de pessoas. E, nessa pirâmide populacional, os mais novos estão perdendo cada vez mais espaço para os mais velhos. Isso significa dizer que, a cada ano que passa, o Brasil vai ficando cada vez mais velho. 
Nesse cenário, como fica o mercado de trabalho?

Para o sociólogo Ricardo Ojima, pesquisador do Núcleo de Estudos de População da Unicamp, de São Paulo, a tendência é que o mercado de trabalho altere os seus processos, a fim de absorver os mais idosos, que nos próximos anos vão representar boa parte da população. “Por enquanto, o que vemos é que a maior parte da população hoje é economicamente ativa”.

Os dados do IBGE mostram que a representatividade da população com idade de até 25 anos vem caindo, devido às quedas nas taxas de natalidade. Enquanto isso, a participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 5,9% em 2000, subiu para 7,4% em 2010, principalmente por conta das quedas nas taxas de mortalidade. “O envelhecimento absoluto da população está em processo ainda”, ressalta o pesquisador.



Reestruturação
Diante de um processo semelhante ao que ocorreu e ocorre em muitos países europeus, o mercado de trabalho deve começar a se reestruturar. E não apenas para quem estará no topo da pirâmide etária.

Aqueles que estarão nos próximos anos na idade adulta, economicamente ativa, também sentirão mudanças no mercado, devido ao envelhecimento da população. “Haverá uma reestruturação do mercado, com a criação de novas demandas em áreas médicas”, acredita Ojima.

Para o pesquisador, se comparado com o histórico de países que já enfrentaram problemas com o envelhecimento da população, o Brasil poderá enfrentar a falta de profissionais para trabalhos que exigem menos qualificação.

Ojima explica que, se o grau de desenvolvimento do País permanecer elevado e se o processo de qualificação se mantiver elevado, é possível que o Brasil passe a importar profissionais. “Hoje, temos um processo maior do que era antes e, dependendo da estrutura da indústria, pode haver a transferência de mão de obra”, afirma.

Com os países europeus em crise, o Brasil começa a entrar na rota dos profissionais estrangeiros. Os dados do Ministério do Trabalho mostram isso, ao apontar para um forte salto no número de vistos de trabalho concedidos pelo Brasil a estrangeiros no ano passado. De 2009 para 2010, o crescimento foi de 30,5%. 

Ao todo, foram concedidos 56.006 vistos de autorizações de trabalho a estrangeiros. Na comparação com 2006, o crescimento foi de mais de 120%. Desse total, 7.550 profissionais vieram dos Estados Unidos.

O pesquisador ressalta, porém, que olhar para experiências de outros países não significa que, necessariamente, o Brasil tenha a mesma experiência. “Tudo vai depender de fatores econômicos”, diz.

Trabalho contínuo
Ainda que o país esteja um pouco longe de sentir de fato o envelhecimento da população, problemas mais estruturais levam profissionais mais velhos a continuarem ativos, mesmo depois da aposentadoria. “Hoje, a gente já encontra pessoas que se aposentam e continuam trabalhando. O sistema previdenciário terá de passar por reformas”, acredita Ojima.

O pesquisador afirma que aumentar a idade mínima dos trabalhadores é uma das alternativas para equilibrar a Previdência Social. O fato, na avaliação do sociólogo, é que as políticas públicas não terão tempo para se adaptar às mudanças na pirâmide etária, mas o mercado talvez possa.


Fonte: InfoMoney

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Falta de planejamento de chefe atrapalha trabalho de funcionários

Pesquisa elaborada pela Triad PS aponta que 32% dos entrevistados avaliam que seu líder não sabe se planejar
A falta de planejamento do chefe está entre os principais problemas que os funcionários precisam enfrentar, na hora de organizar a rotina de trabalho.

A constatação foi apontada pela Triad PS, empresa especializada em softwares para produtividade pessoal e gestão de equipes, que realizou uma pesquisa com mais 1.600 profissionais de todo o Brasil.



Reclamações em relação ao chefe
O estudo mostrou que 48% dos entrevistados afirmam conviver com um chefe que tem o costume de fazer coisas pessoais durante o expediente. Outros 30% definiram seu líder como uma "pessoa urgente" e que gera urgência na equipe. Já 32% avaliaram que seu chefe não sabe se planejar.

Para enfrentar alguns dos problemas causados por esses comportamentos que o chefe possa ter, o coordenador da pesquisa e especialista em gestão do tempo e produtividade, Christian Barbosa, sugere antes de tudo ter uma conversa com o líder.

"Converse com seu chefe, ele pode não saber que a falta de organização está prejudicando os demais colaboradores", afirma.

Além disso, para alcançar uma gestão mais eficiente do tempo, não só o seu, mas o de toda a equipe, Barbosa propõe ainda criar uma maneira de registrar as atividades delegadas, de forma centralizada e que possa ser constantemente atualizada por todos os integrantes. “Isso gera um comprometimento do grupo e do líder”, explica.

Fonte: Infomoney

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Gestão de riscos de catástrofe: o que falta para o Brasil adotar

Mais uma vez, as chuvas de janeiro provocaram um rastro de destruição e o principal alvo foi a região serrana do Rio de Janeiro, em número de vítimas. Havia como evitar...

Por Karin Fuchs
Comentar replay depois do ocorrido é fácil, mas não adotar medidas para que tragédias como as da região serrana do Rio de Janeiro, entre tantas outras recorrentes com as chuvas de verão, não voltem a se repetir é simplesmente uma questão de incompetência pública.

Fato é que em um período de apenas 24 horas, entre os dias 11 e 12 de janeiro, choveu na região serrana o esperado praticamente para o mês inteiro. Mas a culpa não pode ser atribuída isoladamente a São Pedro.


Uma política pública de habitação que evite construções em áreas de riscos, bem como respeitar o recuo mínimo das bordas de rios, utilizar sistemas de alertas eficientes, mapas de áreas de riscos e destinar devidamente as verbas federais para evitar e prevenir catástrofes, já fariam uma grande diferença.

Foi exatamente uma combinação de vários fatores que praticamente devastou as cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. O número de mortos ultrapassou 800 e centenas de pessoas continuavam desaparecidas até o final de janeiro. A tragédia foi pior que um dos terremotos de maior magnitude da história que atingiu o Chile, em fevereiro de 2010.

Já não está mais do que na hora?

Com a abertura do mercado ressegurador, em 2008, o Brasil passou a contar com toda a expertise dos resseguradores internacionais e já está mais do que na hora de tirar todo o proveito dos ensinamentos que eles possam dar.


A Swiss Re, por exemplo, tem um histórico de capacidade efetiva de apoiar governos na luta contra as implicações financeiras das catástrofes naturais e aumentar a capacidade de recuperação dessas sociedades diante da adversidade. “O impacto crescente de catástrofes naturais está elevando os custos de mitigação de desastres e de reconstrução para o setor público”, alerta Rolf Steiner, vice-presidente Sênior da Swiss Re das Operações no Brasil e Cone Sul (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai).

Jayme Brasil Garfinkel, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), avalia que o mercado internacional conta com coberturas mais específicas e sofisticadas em razão de se verificar, com mais frequência, esses eventos catastróficos. Outro dado relevante é que, no exterior, existe massa crítica que permite melhor avaliar e precificar os riscos decorrentes de catástrofe, isso sem contar com a possibilidade desses eventos serem ressegurados com maior facilidade e agilidade. “A aceitação dessas coberturas no Brasil dependerá de podermos operar com a mesma flexibilidade e agilidade das seguradoras e resseguradoras internacionais.”

Já na opinião de Angelo Colombo, diretor executivo de Grandes Riscos da Allianz, a especialização das seguradoras em gerenciamentos de riscos pode e muito ajudar a evitar catástrofes como a ocorrida no Rio de Janeiro. “No entanto, é tudo muito embrionário ainda no Brasil. Corretores me questionaram como o mercado pode participar da mitigação dos riscos, mas existe um receio em abordar esta questão porque o cliente é o Governo Federal e não uma pessoa física.
Como trazê-lo para o mercado de seguros, pelo seu ressegurador, o IRB-Brasil Re?”, questiona.

Segundo ele, o otimismo exagerado talvez iniba ações preventivas, pois custa dinheiro, tanto a prevenção como com a proteção. “Mas o Brasil não escapa de ter, muito em breve, um fundo para catástrofe e isso parte de uma iniciativa governamental. Como há na América Central, em que todos os países contribuem, como se fosse um prêmio a cada ano e, quando um determinado país precisa utilizá-lo, já que a região é propícia a furacões, existe este recurso.”

Na prática

No caso específico do ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro, o executivo da Swiss Re analisa que o grande desafio para a indústria de seguros é as construções estarem frequentemente em áreas expostas a riscos e, geralmente, as áreas mais afetadas têm um índice baixo da penetração de seguro. “Até o momento, o foco da gestão de risco de desastres tem sido no socorro, recuperação e reconstrução pós-evento. Em vez disso, é preferível uma abordagem mais equilibrada, que combine elementos anteriores e posteriores ao evento. Como prioridade, os governos devem assegurar o funcionamento de um mercado de seguros por meio de legislação apropriada, o que ajudará a absorver uma grande parcela das perdas provocadas por desastres sofridas por indivíduos e empresas”. Posteriormente, avalia Rolf Steiner, os governos devem estudar soluções de financiamento pré-evento para a acumulação de reservas, financiamento condicionado e também soluções de seguro soberano.

As lições que devem ser aprendidas

Vice-presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Manoel Lapa e Silva, pontua que evitar a ocupação irregular do solo só é possível com uma política eficiente de habitação. “Apenas agora, com o programa Minha Casa, Minha Vida é que surgiu esta oportunidade, o princípio de uma política habitacional. Em qualquer lugar do mundo tem que de subsidiar moradia para a população que ganha entre zero e três salários mínimos. De nada adiantar remover famílias em áreas de risco, sem se preocupar em assentá-las.”



Silva também destaca que não apenas o planejamento localizado, principalmente com a especulação imobiliária, deve ser o foco. É preciso pensar em todo o entorno e na população que ocupará aquela área. Um exemplo típico foi o que aconteceu na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, um bairro construído nas décadas de 70 e 80. “Ninguém se preocupou com os operários, a maioria nordestinos, que vieram para a construção e eles foram se alojando em um local chamado Rio das Pedras, que hoje é uma das maiores favelas do Rio.”

Outros aspectos abordados pelo engenheiro é a falta de um Plano Diretor eficiente na grande maioria das cidades do país, já que muitas no interior, menores e mais pobres, não têm planos diretores ou, quando tem, não são suficientemente estudados e planejados, bem como o despreparo da Defesa Civil. “Nós não temos uma Defesa Civil organizada no Brasil, quem faz o trabalho geralmente é o Corpo de Bombeiros, que tem uma grande competência em apagar incêndios.


Já foi criada uma secretaria de Defesa Civil, mas ela ainda está absolutamente desaparelhada e não existe uma articulação entre estados e municípios, onde existem mais riscos, para a criação de sistemas de alerta e planos de contingência para retirada das pessoas”, afirma Silva. O que há são ações pontuais, como em Angra dos Reis (RJ), onde foi feito um bom trabalho de defesa civil e a população sabe o que fazer e como evacuar a cidade se for acionado o sistema de alerta, em caso de acidente nuclear.

Ainda de acordo com o engenheiro, o Brasil tem capacidade e tecnologia para prevenir e remediar problemas. Um exemplo é a Geo-Rio - Fundação Instituto de Geotécnica que, no ano passado, terminou todo o mapeamento das áreas de risco do município do Rio de Janeiro e agora se sabe exatamente onde estão as mais de 21 mil áreas de risco.


Aliás, o engenheiro atribui ao trabalho da Geo-Rio a inexistência de notícias de tragédias no município, como a vivenciada pelos cariocas na década de 60. “Até houve em janeiro de 2010, mas se não houvesse esse trabalho de prevenção ao longo desses anos todos, ela seria dez vezes pior”, diz, referindo-se à região metropolitana do Rio que ficou ilhada depois de uma tempestade e ao Morro da Carioca, em que pelo menos 20 casas foram atingidas e mais de 50 pessoas morreram.

Garfinkel, da FenSeg, conta que há cerca de três anos a Federação realizou um Seminário sobre Mudanças Climáticas em que se começou a discutir os impactos destas mudanças. “Hoje, constatamos que muito tem que ser feito e pretendemos criar uma área específica para aprofundar estes estudos.


O mercado de seguros pode contribuir para o gerenciamento de riscos através da identificação e divulgação dessas situações de risco, de modo que, alertada, a população possa evitá-la ou minimizá-la. Além disso, é importante a participação das autoridades federais, estaduais e municipais neste processo.

Papel social do seguro

Em situações como a ocorrida na região serrana do Rio de Janeiro, o Regulador de Sinistros e advogado Claudio Romagnolo, diretor técnico de Ramos Elementares da Jopema Reguladora de Sinistro, explica que o atendimento aos clientes tem uma condição muito peculiar. “Depois de experiências com os eventos de São Luiz do Paraitinga (SP) e na região Nordeste do País, em janeiro e maio de 2010, respectivamente, compreendemos que o atendimento tradicional não supre as reais necessidades de quem teve seu patrimônio sinistrado de forma devastadora.


Os canais normais de atendimento das seguradoras deixam de ser uma opção em face do comprometimento das estruturas de comunicação e até locomoção nas cidades atingidas. Considera-se ainda o aspecto emocional das vítimas que, em quase todos os casos atendidos, estão completamente tomadas por preocupações óbvias e até com o desaparecimento ou morte de familiares, e, quase sempre, sequer se recordam da existência do seguro.”

Nessas situações, o trabalho é totalmente pró-ativo. “Nos seguros residenciais e empresariais estabelecemos como padrão um atendimento completamente pró-ativo, pelos aspectos citados anteriormente.


Em parceria com as seguradoras, a Jopema, logo após tomar conhecimento do fato se desloca até o local, de posse da relação de segurados das localidades atingidas e realiza busca de um a um, casa por casa, não apenas identificando a ocorrência dos danos, mas, e principalmente, informando o cliente da existência do seguro, respectivas indenizações existentes e serviços disponíveis. Na grande maioria dos casos, a surpresa positiva e agradecimentos recebidos são inúmeros.”

No entanto, lamenta Romagnolo, o que se constata com as catástrofes, além das perdas inestimáveis e quadro devastador, é a pouca quantidade de pessoas que possuem seguro. “Há de se ocupar esse espaço e proporcionar à sociedade minimizar as consequências das tragédias cada vez mais frequentes em nosso País”.


Para o trabalho realizado na região serrana do Rio de Janeiro, a Jopema enviou dez profissionais que percorreram todas as cidades atingidas, literalmente, à procura de segurados.

Pouca cultura do seguro

Infelizmente, estima-se que cada vez mais eventos como o ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro, em Santa Catarina e em tantas outras cidades voltem a ocorrer e as perdas sejam maiores. Principalmente porque com a estabilidade da economia, aumento da renda e do poder de consumo, as pessoas vão adquirir mais bens e necessariamente precisam de proteção.

Wilson Saliba, diretor de Patrimonial da Zurich, defende que o mercado de seguros tem uma dupla missão: difundir o seguro em si (que já é uma forma de proteção, ainda mais com uma massa maior de segurados) e a cultura de gestão de riscos. “Muitas vezes, pequenas medidas podem reduzir e muito o risco ou mesmo reduzir o prejuízo em caso de sinistro.”

Na Porto Seguro, informa Marcelo Sebastião, diretor de Auto da companhia, no seguro Residencial não há cobertura para alagamentos. Já para o seguro de automóveis, a indenização só é integral quando o custo do reparo é superior a 75% do valor do veículo. “Ainda não temos o balanço fechado do impacto com as chuvas especificamente na região serrana do Rio de Janeiro.”

Luis Furtado, vice-presidente da SulAmérica, também antecipa que ainda é muito prematuro avaliar qualquer impacto das chuvas nos resultados da companhia.
“A empresa ressalta, porém, que eventos deste tipo estão dentro do esperado para o período.”

O diretor da Zurich informa que o impacto direto de tragédias como esta no mercado de seguros é reduzido, pois a cultura do seguro ainda precisa se desenvolver muito no Brasil. “Relativamente poucas empresas, casas e outros patrimônios atingidos eram segurados. No entanto, indiretamente, situações como esta lembram a segurança que um seguro pode trazer”.

Frequência dos eventos tem aumentado

Estudos sobre eventos catastróficos recentes mostram que, no mundo todo, a intensidade das enchentes está aumentando. Entre 1970 e 1989, as perdas seguradas causadas por catástrofes naturais foram de US$ 5 bilhões por ano (em valores corrigidos), em média.


Essa média de perdas subiu para US$ 27,6 bilhões ao ano, entre 1990 e 2008. De acordo com as estimativas iniciais da equipe Sigma da Swiss Re, os prejuízos econômicos no mundo todo causados por catástrofes naturais e desastres causados pelo homem somaram US$ 222 bilhões em 2010, mais que o triplo do valor de US$ 63 bilhões de 2009. O custo para o setor global de seguros foi de US$ 36 bilhões, um aumento de 34% em relação ao ano anterior. Cerca de 260 mil pessoas morreram nesses eventos, o maior número desde 1976. (Revista Cobertura - Edição 111)


Fonte: REVISTA COBERTURA - MERCADO DE SEGUROS NOTÍCIAS - Seguros

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Os riscos de utilizar moto para ir ao trabalho

Não é de hoje que muitos trabalhadores têm optado pelo uso de motocicletas para ir ao trabalho, seja facilidade de crédito para obter o veículo, pela rapidez ou pela comodidade em se deslocar sem precisar do transporte público. Mas, a prática tem gerado sérios prejuízos para as empresas, para a saúde pública e para o próprio condutor.

Segundo levantamento Abraciclo - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares - no Brasil, durante o primeiro trimestre de 2011, houve aumento de 22,8% nas vendas de motos, no mesmo período foram fabricadas 533.082 unidades.

A estimativa de comercialização desses veículos, até o final do ano, é de 2 milhões de modelos. Para confirmar o boom do segmento, nos últimos 10 anos a frota nacional de motocicletas cresceu em 409%, com 16 milhões em circulação no País.

As facilidades de financiamento, conforto e agilidade são fatores que contribuem para que os profissionais optem por adquirir uma motocicleta. “Percebemos que muitos utilizam o valor do vale transporte para comprar ou financiar motos.

Isso acabou se tornando uma alternativa viável para evitar longas esperas e os desconfortos enfrentados todos os dias para ir e voltar do trabalho”, analisa Regina Rocha, diretora executiva da FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo.

Mas a opção de se locomover pela cidade se valendo das vantagens do veículo de duas rodas esconde uma realidade que gera graves desvantagens tanto para as empresas, como o sistema de saúde e o próprio condutor.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo de 2010, são mais de 20 pessoas mortas por dia no País em decorrência de acidentes com motocicletas. Entre as principais vítimas desses desastres, com aproximadamente 67%, estão os trabalhadores. Os danos também podem gerar, muitas vezes, traumas irreversíveis.



Segundo Marcelo Ignácio, especialista em Direito trabalhista, em caso de sinistros, os prejuízos para os empregadores são inúmeros e pioram quando ocorrem com motocicletas, por serem sempre mais graves.

Ele lembra que a CLT protege o funcionário, em casos de acidentes, também durante o trajeto para o trabalho independentemente do meio de transporte utilizado.

Ignácio salienta que as ocorrências com motos sempre resultam em um período de afastamento superior a 15 dias, o que força a empresa a substituir o funcionário afastado. “Isso gera duplicidade de recolhimentos previdenciários e fundiários, à medida que a empresa é obrigada, por lei, em casos de acidentes do trabalho, a recolher FGTS”, destaca o advogado.

O especialista informa que em caso de falecimento, a contratante também é responsável pelos custos dos serviços funerários. De acordo com Ignácio, o empregador pode responder judicialmente por ações indenizatórias que eventualmente culminam pensões vitalícias aos dependentes do morto.

Para as empresas que buscam segurança e conforto no percurso do colaborador casa, trabalho e casa, o transporte profissional de pessoas por fretamento é uma opção viável. No Brasil, 2,5 mil organizações utilizam a modalidade. Desses usuários, 97% aprovam o transporte coletivo privado. Além disso, o transporte por fretamento contribui com a redução dos congestionamentos e da poluição atmosférica. Pesquisa realizada, pelo Instituto LPM - Levantamentos e Pesquisas de Marketing, cada ônibus de fretamento retira 20 carros do trânsito nas grandes metrópoles.

Regina Rocha garante que, em caso de acidente, ao passageiro é assegurado o direito de indenização conforme o Código Civil em vigor desde 2002. “Além disso, o transporte coletivo privado possui a cobertura do seguro de Responsabilidade Civil Obrigatória (RCO), exigência da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres e recolhe anualmente o Seguro Obrigatório – DPVA”, salienta.

Conforme avalia a diretora da FRESP, o fretamento proporciona menos preocupação no trajeto percorrido pelos funcionários, pois a transportadora privada é detentora de todos os requisitos necessários de segurança. “Esses cuidados vão desde as autorizações e inspeções dos órgãos competentes, como ANTT, ARTESP e EMTU, até chegar à fiscalização, manutenção preventiva constante, treinamento de motoristas e equipamentos de segurança”, afiança.

Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo.

Entidade sindical de grau superior, a FRESP foi criada em 1994, com o objetivo de agrupar, representar, coordenar, proteger e estimular o aprimoramento das atividades de transporte profissional de passageiros por fretamento.

No Estado de São Paulo existem 15 mil veículos de transporte profissional de pessoas fretamento e a modalidade gera 30 mil empregos diretos e 60 mil indiretos. O setor movimentou cerca de R$ 2,9 bilhões em 2010. No Brasil 4.900 empresas de fretamento são cadastradas junto à ANTT para viagens interestaduais e internacionais

Fonte: Márcia Brandão NOTÍCIAS - Veículos

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sábado, 25 de junho de 2011

Blindagem de veículos bate recorde no país em 2010

Pesquisa da ABRABLIN aponta que, no ano passado, mais de sete mil carros receberam a proteção

Medo. Esse foi o fator primordial que fez com que, em 2010, o segmento de blindagem automotiva no país batesse recorde. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Blindagem (ABRABLIN), 7.332 veículos receberam esse tipo de proteção no ano, um aumento de 5,86% na comparação com 2009, quando 6.926 carros foram blindados.



“A pesquisa revela que a sensação de insegurança, juntamente com o aumento da criminalidade, foi o grande motivador do cidadão na busca pela proteção blindada. O levantamento mostra também que esse tipo de proteção vem se descentralizando do eixo Rio-São Paulo, consequência do aumento da violência em outras capitais do país. Tal fato, somado à melhora na economia, resultou no número recorde de blindagens”, explica Christian Conde, presidente da ABRABLIN.

A blindagem mais praticada no mercado é a de nível III-A, que suporta até tiros de pistolas 9mm e revólveres .44 Magnum. “Esse nível de proteção é o mais adequado a atual realidade enfrentada nos grandes centros, pois garante proteção contra as maiores ameaças de armas curtas de fogo (revólveres, pistolas e submetralhadoras) existentes nas mãos da criminalidade”, diz o executivo da entidade.

No ranking dos estados com maior incidência de blindagem, São Paulo segue na liderança, com 66%. Rio de Janeiro veio em segundo lugar, com 20%, seguido por Pernambuco e Paraná, com 3% e 2%, respectivamente. Os outros 9% desse universo blindado estão distribuídos entre os estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do Sul.

A pesquisa da entidade também revela o perfil do usuário de blindagem em 2010. A maioria (65%) continua sendo composta pelo sexo masculino. Desse universo, 22% estão na faixa etária que vai de 50 a 59 anos. Já com relação às mulheres usuárias da proteção balística (35%), a maior parcela, ou 30%, está na faixa de 40 a 49 anos. Do universo total dos usuários, 85% são executivos/empresários; artistas/cantores, 3%; juízes, 3%; políticos, 2%; outras ocupações (7%) completam o perfil.

Entre os carros mais blindados no ano passado, de acordo com a ABRABLIN, o Corolla, da Toyota, foi o campeão – o que acontece desde 2004. O Santa Fé, da Hyundai, e a Freelander, da Landrover, além do modelo Hillux SW4, da Toyota, também figuram no rol dos veículos mais blindados.

A pesquisa foi feita com a participação de 31 blindadoras filiadas à entidade, que representam 75% da produção total de veículos blindados no Brasil.

Custos do serviço

O custo médio para se blindar um veículo em 2010 foi de R$ 47.900,00. O valor é estimado porque a definição do preço desse tipo de serviço varia em decorrência de cinco fatores.

O primeiro item de diversificação de valores se refere ao nível da blindagem. Quanto maior o nível de proteção, mais caro fica o serviço. O mesmo ocorre em relação à área a ser blindada. A de um carro maior é mais onerosa do que a de um carro pequeno, onde a área a ser protegida é menor.

O tipo de material utilizado é o terceiro fator. Uma blindagem onde se utiliza mais aço tende a ser mais barata do que uma produzida majoritariamente com mantas de aramida. “Porém, há de saber que o aço deixa a blindagem mais pesada, desgastando mais rapidamente algumas peças do veículo”, afirma Conde. A procedência desse material também influencia no valor do serviço. Um vidro importado, por exemplo, pode ser mais caro que um nacional, mesmo havendo, no Brasil, produtos com qualidade equiparada. O projeto de blindagem e o know-how da blindadora e de seus profissionais complementam o rol de diferenciação do preço.

“É importante que sejam vistos cada fator no processo de escolha da empresa que realizará a blindagem do veículo. Mas, vale lembrar que a garantia de segurança deve ser o fator primordial nesse processo de seleção. Só então se deve analisar o preço como ponto decisivo”, alerta o presidente da ABRABLIN.

Trabalho artesanal

O processo de blindagem automotiva é complexo e envolve mão de obra especializada. Para a instalação dos materiais, é preciso que algumas partes do carro sejam desmontadas. O nível de blindagem é o que determina as características dos vidros, painéis balísticos e chapas de aço a serem usados. Esses materiais são preparados e moldados de acordo com cada tipo de veículo.

Algumas partes recebem atenção especial, como a junção das portas com as bordas dos vidros, onde deve ser previsto o recobrimento de aço. Concluída a instalação dos materiais, o revestimento interior é recolocado no veículo para que o acabamento mantenha a aparência original. O processo completo de blindagem demora, em média, 30 dias. “Cada blindadora tem um projeto específico. O mais importante é que tanto parte opaca (lataria) quanto a parte transparente (vidros) recebam a proteção, lembrando que a blindagem parcial é terminantemente proibida pelo Exército”, diz Conde.

Fonte: Associação Brasileira de Blindagem – ABRABLIN

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domingo, 19 de junho de 2011

Como Apressar a Crise - Bom

Por mais difíceis que sejam as contingências de mercado, sempre haverá os que choram e os que vendem lenços. Nos momentos em que a econômica começa a dar sinais de instabilidade, mais do que nunca, precisamos de colaboradores comprometidos, criativos e fora do comum.



Ao adentrar as portas de um estabelecimento comercial, demonstrando ou não, cada consumidor está carregando um fardo de problemas e insatisfações e anseia por ajuda. Encontrando o alívio que procura, abre o bolso e a carteira e deixa ali o fruto de seu trabalho ou poupança. Mas antes disso, precisa confiar na loja e no atendente que o acolhe.

Confiança não se ganha, se conquista, é o resultado de um conjunto de percepções, passa por um trabalho ético e pelo cuidado de todos os detalhes. Há exceções é claro, mas o que mais se vê no comportamento de grande parte dos atendentes no varejo é:

1 - Atitude de indiferença, tédio e cansaço.
2 – Ausência de contato visual, do indispensável sorriso e de um cumprimento cordial.
3 – Vendedores verdadeiros cães de caça, pegajosos que nem se quer deixam o cliente respirar.
5 – Os que fazem os clientes esperarem, e o que é pior, não lhes dão a mínima satisfação de quando serão atendidos.
6 – Atendentes que não mostram boa vontade para ajudar. Estão no emprego para servir-se e não para servir.
7 – Vendedores que demonstram aborrecimento com os clientes que chegam na última hora do expediente. Se não através de comentários o fazem por meio da fisionomia, que os denuncia.
Tais clientes não vieram antes não porque desejam atazanar a vida dos comerciários, mas porque trabalham, têm renda e somente podem ir às compras no final dos seus expedientes.
8 – Atendentes muito ocupados com conversas pessoais com os colegas no salão de vendas.
Constrangidos e para não atrapalharem, os clientes discretamente vão em busca de outros estabelecimentos onde serão bem-vindos e jamais retornam.
9 – Prateleiras com muitos espaços vazios ou artigos em falta.
10 – Os “sabe-tudo”, sem educação; atendentes que interrompem a fala e não escutam os clientes.
11 – Vendedores mal agradecidos que não agradecem a visita dos clientes nem os convidam para voltarem.

Quando o mercado está comprador, há clientes para todos. Porém, quando a economia diminui o seu ritmo, começa a choradeira dos “empreendedores cigarras”, que nunca se preparam para o inverno das baixas vendas, como fazem os operantes “empresários formigas”, conscientes que nos negócios além da sazonalidade mensal no decorrer do ano, há os ciclos das “vacas gordas e magras”, uma espécie de movimento de rotação e translação dos negócios.

Que alguns são vitimas de tragédias e infortúnios ninguém duvida. Nem sempre podemos contar com o “sol de brigadeiro” na economia, mas o que choca é ver equipes inteiras abortando o sucesso que poderiam ter por falta apenas de atitude. Num mundo em que o conhecimento é o principal insumo de tudo que se realiza, dói na alma ver os que não buscam se adequar às exigências do neoconsumidor, que a cada dia mais dispõe de múltiplos canais para atender as suas necessidades e exceder as suas expectativas.

Soeli de Oliveira é consultora e Palestrante nas áreas de marketing, varejo, atendimento e motivação do Instituto Tecnológico de Negócios, e-mail: soe...@sinos.net - Novo Hamburgo - RS


fonte: Soeli de Oliveira NOTÍCIAS - Seguros

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Atenção ao questionário evita problemas com seguradora de veículo - Perfil do Segurado

Na hora de contratar um seguro de veículo, os consumidores se deparam com um extenso formulário, contendo perguntas elaboradas para traçar o perfil do cliente e calcular o valor da apólice. Se você não quer ter problemas na eventualidade de um furto ou um acidente, a recomendação para esse momento é prestar atenção nas perguntas e respondê-las com o máximo de veracidade.

O diretor do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros ), Carlos Alberto Pelais, afirma que as principais reclamações dos segurados contra as seguradoras decorrem das respostas dadas nesse questionário.

Entre os casos, Pelais cita que, "para pagar uma apólice menor, o cliente acaba dizendo, por exemplo, que não possui filhos que dirigem ou que estaciona seu carro em garagem, quando está no serviço, mesmo que isso não corresponda à realidade". Esse tipo de conduta, apesar de comum, é muito arriscada e pode sempre trazer problemas ao segurado.

Relações de boa fé




Prestar atenção no contrato do serviço também é importante, dando especial importância às exigências da seguradora. O advogado sócio do Coppola, Dutra Rodrigues e Gago Barbosa Advogado, Rodrigo Gago Barbosa, alerta sobretudo para as alterações dos dados.

A negativa de sinistro ocorre com grande frequência quando a pessoa muda de residência e não informa a seguradora. Esta é uma questão complicada, pois, se por um lado, a pessoa pode não ter avisado sobre a mudança por uma simples questão de esquecimento, por outro, ela pode ter omitido tal informação justamente porque sua apólice aumentaria de valor.

Pelais orienta que, neste caso, o melhor é conversar com seu corretor de seguro, já que muitas seguradoras são bem flexíveis nesse ponto. O bom senso, tanto do cliente quanto da prestadora de serviço, deverá nortear o caso.

Confira dicas para evitar problemas futuros:

- Peça e leia o contrato do serviço adquirido;
- Preste atenção nos prazos para alterações de informações cadastrais;
- Seja honesto ao responder o questionário;
- Em caso de alteração de endereço, informe a seguradora o quanto ante e, caso possível, registre a solicitação;
- Em caso de problemas, a melhor forma de resolver é através da conversa e da negociação.

Fonte: Infomoney

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

O descaso com o atendimento aos seus clientes - Vc que é empresário vale a pena ler

É impressionante o descaso das empresas com o atendimento aos seus clientes. Outro dia fui até uma loja de materiais para construção. Fiquei pelo menos uns quinze minutos esperando - e procurando - um vendedor que pudesse me atender. Tive que ir até uma atendente, de outra área da loja, para que ela solicitasse no alto-falante que algum vendedor pudesse comparecer ao setor que eu estava. Aguardei mais uns cinco minutos para que pudesse ouvir: "Boa tarde, posso ajudá-la?". Inadmissível.

Alguns podem argumentar que a loja não possui vendedores suficientes para atender a todos. Mas, esse problema é meu? Sou cliente, e como tal mereço toda a atenção possível e imaginária a partir do momento em que piso em uma loja. Sendo bastante direta, sou eu - cliente - quem mantém a loja funcionando. Como atitude rara para tantos brasileiros, me dirigi ao gerente, reclamei de tal atendimento e não voltei mais.



A verdade é que muitas empresas não têm conhecimento do que seus clientes pensam. Falha da empresa, falha do cliente.

Quantas empresas vocês conhecem que mantém, pelo menos um, canal direto aberto para que seus clientes possam reclamar, sugerir ou elogiar seus serviços? A maioria diz que "qualquer dúvida, sugestão ou reclamação, entrem em contato através do telefone tal ou email tal. Teremos enorme prazer em atendê-los". E quando você liga, primeiro ouve aquelas musiquinhas ou propagandas da loja que são sempre interrompidas com "não desligue, sua ligação é muito importante para nós". Depois de algum tempo, você ouve uma lista de opções tão grande de menu eletrônico que é necessário anotar todas para saber qual é a correta. E ainda assim, corre o risco de ouvir "desculpe senhora, estarei passando a sua ligação para a área responsável". E começa tudo de novo. Emails, então, são simplesmente ignorados. No máximo, recebemos uma resposta automática com os dizeres "agradecemos o envio de seu email. Em breve retornaremos seu contato". E, com sorte, depois de seis meses, você talvez receba alguma notícia.

No Brasil, o consumidor é tratado com desdém. Ele precisa esperar muito tempo para ser atendido em uma loja, ele precisa aguardar a boa vontade da mocinha do atendimento atendê-lo ao telefone - e diga-se, rezar para que ela esteja de bom humor, não fique repetindo "infelizmente, senhora, não podemos fazer nada. O sistema é assim mesmo", e não te passe para outra área de atendimento -, ele precisa ficar horas em uma fila de banco porque não há caixas suficientes para atender à demanda, ele precisa levantar-se de sua mesa no restaurante para ir até um garçom que está conversando com outros e não está prestando atenção se você quer pedir algo ou pagar sua conta, ele precisa recorrer à justiça porque a empresa entregou um produto diferente daquele que ele comprou, e por aí vai.

Mas a culpa também é do cliente. O cliente não reclama, ele simplesmente se conforma. Se o atendimento é ruim, tudo bem, talvez o mocinho não esteja num dia bom. Se não tem o produto na loja, tudo bem, eu procuro em outra. Se o sistema não funciona, tudo bem, eu tento ligar outra hora. O cliente ainda não conseguiu entender que ele é o dono das empresas das quais consome produtos ou serviços. Excelente atendimento é, no mínimo, obrigação das empresas. O cliente está tão acostumado com péssimos atendimentos que quando recebe uma resposta de email em menos de 1 hora, elogia. Que quando é bem tratado ao telefone, surpreende-se. Que quando obtém solução rápida para seu problema, embasbaca-se. Errado, tudo errado.

Em outros países, quando uma empresa aumenta o preço de um produto, os clientes simplesmente não o compram mais, gerando um enorme prejuízo, fazendo com que ela volte atrás em sua decisão. Se um cliente não recebe atendimento adequado, ele simplesmente não retorna à loja, e faz enormes campanhas para que ninguém mais retorne. Lá fora, os clientes sabem e exigem seus direitos. E as empresas sabem e dão valor. E funciona.

O discurso de Sam Walton, fundador do WAL-MART, fazendo a abertura de um programa de treinamento para seus funcionários, resume tudo isso:
"Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.
Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.
Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.
Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.
Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranquilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera.
Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.
Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas. Engana-se. Sabe quem eu sou???


EU SOU O CLIENTE QUE NUNCA MAIS VOLTA!!!
Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua firma. Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenas a pequena gentileza, tão barata, de me enviar um pouco mais de CORTESIA".

CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA, DO ALTO EXECUTIVO PARA BAIXO, SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR."


Fonte: Tatiana Mattos NOTÍCIAS - Seguros