sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Para andar na linha

Alinhamento e balanceamento asseguram maior vida útil ao automóvel
Algumas ruas e estradas pelo Brasil afora infelizmente estão cheias de buracos, bueiros abertos e desníveis de asfalto. Esses problemas, quando não causam acidentes graves, sacrificam demais os carros, que sempre estão precisando de alinhamento e balanceamento, dois dos serviços mais procurados pelos motoristas, segundo o consultor técnico da Azzurra Veículos, Luiz Carlos Jordão.
“O alinhamento e o balanceamento são essenciais, pois o sistema de suspensão e os pneus ficam expostos a um processo de desgaste em função das condições de uso do automóvel, causando problemas de segurança e prejuízos financeiros”, afirma Jordão. Essas condições de rodagem contribuem para acelerar a deterioração dos componentes da suspensão e da direção, o que além de comprometer a dirigibilidade do carro, aumenta o consumo de combustível.


Alinhamento deve ser feito a cada 10 mil quilômetros
Alinhamento é a correção dos ângulos e dos terminais de direção, ou seja, a manutenção das rodas dianteiras e traseiras para que fiquem perfeitamente apoiadas no solo e paralelas entre si. É aconselhável um teste de alinhamento das rodas a cada troca de pneus, quando apresentarem desgaste irregular ou prematuro e quando o carro puxar a direção para um dos lados ou de forma preventiva, a cada 10 mil quilômetros. Cada fabricante, durante o projeto de um veículo, identifica qual o ângulo necessário de cambagem, cáster, convergência ou divergência da direção.
Cambagem é o posicionamento vertical das rodas e é determinado pela inclinação de sua parte superior, podendo ser positiva, com o desgaste no ombro externo do pneu; negativa, no ombro interno; ou ainda nula, que busca a melhor relação entre durabilidade dos pneus e uma boa estabilidade em curvas. O cáster, por sua vez, é o ângulo de inclinação do eixo do pino-mestre, que fixa a roda à suspensão em relação à vertical e ao eixo longitudinal do veículo. É responsável pela estabilidade da direção do veículo.
O alinhamento da direção pode ser convergente ou divergente. Geralmente, os automóveis com tração traseira utilizam rodas dianteiras convergentes, e os de tração dianteira, divergentes, porque a potência tende a convergi-las. Rodas convergentes significam que elas atuam de forma mais fechada na extremidade dianteira. Ao contrário das divergentes, que operam de maneira mais aberta na extremidade dianteira.
Balanceamento evita trepidações
Para que o serviço fique completo e o motorista possa rodar com tranqüilidade e economia, também é necessário fazer um balanceamento, ou seja, deixar todas as rodas com a circunferência homogênea. Rodas desbalanceadas produzem trepidações desconfortáveis que resultam em esforço e fadiga dos componentes mecânicos.
Há dois tipos de balanceamento: o dinâmico e o estático. O balanceamento dinâmico força a roda a girar concentricamente em várias velocidades e deve ser realizado quando há maior peso em um dos lados do pneu, fazendo a roda cambalear. No estático, o peso do conjunto formado por pneu, aro e cubo ao redor do seu eixo é distribuído uniformemente. Esse balanceamento deve ser feito quando o motorista sente que a roda "salta" em contato com o solo.

Entendida de mecânica - Carros

Informações que ajudam a não cair na conversa mole de mecânicos mal-intencionados
A velha história de que o problema do carro é na “rebimboca da parafuseta” faz parte do folclore das oficinas há muito tempo e continua tendo seu fundo de verdade. Alguns mecânicos de má-fé ainda insistem em cobrar caro por serviços que seriam simples e baratos. Qual a solução? Chamar pai, irmão ou namorado para resolver o caso? Nada disso. Para não ser engambelada, uma saída é estar por dentro de algumas possibilidades de causas para o problema em questão.
Um dos mais comuns, e que pode ter causas variadas, é motor esquentando. “Uma simples entrada de ar no radiador, que seria resolvida com um pouco de paciência para esvaziar a peça inteira e adicionar água com aditivo, pode ser diagnosticada como junta do cabeçote queimada, serviço com mão-de-obra bem mais cara”, exemplifica Eduardo Ritto, técnico da Itavema Rio Veículos e Peças.


Os mistérios do radiador
O radiador é um dispositivo do sistema de resfriamento da água que circula pelo bloco do motor, fazendo com que a temperatura fique dentro dos limites recomendáveis para o bom funcionamento do automóvel. Se o radiador estiver “com sede”, o mecânico deve indicar também um aditivo que faz aumentar o ponto de fervura da água, imprescindível para manter a troca de calor com o motor até uma temperatura mais elevada. O próprio radiador deve ser limpo e as mangueiras checadas. Se houver furos, entupimento ou aparência ressecada, devem ser trocadas.
Falta de óleo no motor, mau funcionamento do eletroventilador, da válvula termostática, defeito na bomba d'água e em peças do sistema elétrico, como o sensor do radiador, são algumas causas de superaquecimento do motor. “O melhor é não descuidar da manutenção e procurar sempre oficinas referenciadas, onde os serviços são de qualidade, mais rápidos e com preços competitivos”, recomenda Ritto.
Jeitinho pode custar caro
Contar com um profissional sério também é essencial na hora de aceitar o fato de que algumas peças têm mesmo de ser trocadas e não é possível um conserto mais barato ou remendo. Caso da válvula termostática, peça que controla a temperatura do motor e a velocidade com que a água circulará pelo circuito. O mecânico deve ligar o motor e segurar a mangueira de entrada de água do radiador. Se a mangueira não esquentar, o líquido não está passando e a válvula deve ser trocada.
O mau funcionamento do eletroventilador, a popular “ventoinha”, também poderá estar relacionado a um problema no motor. Quando isso acontecer, deve ser substituído. Outra peça que pode afetar o motor é o sensor do radiador, mais conhecido como “cebolão”. Sem ele, a ventoinha não será acionada se o motor esquentar quando o carro estiver parado ou movendo-se devagar. Problema especialmente comum durante congestionamentos.
Falta de óleo pode fundir o motor
A bomba d’água é outro exemplo de peça a ser trocada se problemas como o rompimento do material plástico do rotor for confirmado. O mecânico, ao remover a bomba, fará a verificação visual da quebra do plástico. Um teste adicional pode ser feito dando a partida com o motor frio para checar se o líquido circula pelo sistema.
O superaquecimento do motor é indicado por uma luzinha no painel, assim como a falta de óleo. Uma luz acenderá caso haja perda de pressão de óleo devido a um vazamento ou defeito na bomba. A falta de óleo retarda a lubrificação e a refrigeração, podendo fundir o motor
Fonte: Bradesco

Calibragem de pneus inteligente

Freqüência e pressão corretas garantem pneus mais seguros
Dar atenção à calibragem dos pneus é uma prática que traz segurança, economia e conforto. Andar com os pneus descalibrados, além de ser perigoso, pois o carro pode não suportar de forma segura os limites de velocidade e carga estabelecidos pelo fabricante, dói no bolso com o gasto maior de combustível.
Rodar com pneu murcho, ou muito cheio, também afeta a estabilidade do veículo. Por isso, especialistas aconselham que a calibragem seja feita no máximo a cada 15 dias, ou uma vez por semana, por usuários que percorrem muitos quilômetros diariamente, como os taxistas. Um detalhe importante: os pneus devem ser calibrados ainda frios para evitar o aumento da pressão interna.
Verifique a pressão correta antes de calibrar os pneus


A pressão ideal é sempre aquela recomendada pela montadora no manual do proprietário e vale também para o estepe, que não deve ser esquecido. Checar o manual também é essencial no planejamento de viagens. Essas ocasiões, quando bagagem e ocupação do veículo causam um aumento de peso sobre as rodas, exigem uma calibragem específica para diminuir o risco de cortes nos pneus provocados pelo impacto com buracos na estrada.
A perda da pressão em um período de tempo menor do que 15 dias pode ser sinal de furos, vazamentos próximos às válvulas ou deformações nos pneus. O melhor é procurar uma oficina e verificar se há fuga de ar.
Nitrogênio é a melhor opção
Algumas pessoas não sabem, mas a calibragem dos pneus também pode ser feita com nitrogênio, um gás mais estável do que o ar comprimido, que não esquenta tanto e preserva o pneu por mais tempo. O nitrogênio não oxida os metais dos aros e retarda a perda normal do gás por possuir moléculas maiores.
Para calibrar o pneu com nitrogênio é necessário, na primeira vez, esvaziá-lo completamente. Esse serviço é um pouco mais difícil de ser encontrado e é cobrado, embora alguns postos já o ofereçam de graça

Barulhinho nada bom no carro

Estalos e rangidos tendem a sinalizar problemas na suspensão do carro
Está tudo bem com o carro e de repente surge um ruído que não dá para saber de onde vem. A motorista fica intrigada, pergunta se mais alguém está ouvindo, fecha as janelas, apura os ouvidos, procura o foco do problema até que resolve ir a uma oficina. Chega então a hora de se esforçar nas onomatopéias: “Está fazendo assim: tec, tec, tec”.
Os carros têm uma grande capacidade de produzir ruídos irritantes, alguns mais corriqueiros do que outros. Um dos mais comuns é o caso de problemas na suspensão. A suspensão, sistema responsável pelo conforto e estabilidade do veículo, pode gerar vários barulhinhos, desde de estalos (tec, tec, tec) até rangidos (inheec) vindos da bucha de bandeja, ou balança, danificada.
A bandeja é a peça que conecta a roda ao chassis. Ela é um subconjunto da suspensão e deve trabalhar em harmonia com os outros componentes do sistema. É formada por uma estrutura, forjada ou fundida, pivô e buchas, as borrachas por onde passam os parafusos que fixam a bandeja.


Buchas devem ser checadas na hora do alinhamento
“As buchas fazem esses ruídos quando estão folgadas, rompidas, com o tubo interno solto ou com as faces desgastadas. A solução para o problema é trocá-las por novas”, ensina o consultor técnico da Disbarra Distribuidora de Veículos, no Rio de Janeiro, Renato Mello. Ele recomenda alinhamento a cada 10 mil quilômetros e balanceamento a cada cinco mil quilômetros rodados. Ao fazer esses procedimentos, deve-se checar também o estado das buchas. Problemas com elas podem causar instabilidade e desgaste irregular dos pneus.

Tanque de gasolina na reserva acumula resíduos

Sujeira entope filtros e prejudica o desempenho do carro
Foi-se o tempo em que a gasolina era barata. Devido ao alto preço dos combustíveis, poucos motoristas têm condições financeiras para andar sempre com o tanque cheio. Mas rodar na reserva pode acabar saindo caro em razão das impurezas que se acumulam no fundo do tanque entupindo os filtros dos carros mais antigos e superaquecendo a bomba de combustível dos automóveis com injeção eletrônica.
O depósito de sujeira que se forma no fundo de um tanque vazio fica mais concentrado e é sugado pelo sistema de alimentação. Essa “borra” entope mangueiras, bombas de combustível e bicos injetores prejudicando o motor, que com o tempo passa a consumir mais e a desenvolver menos.


Automóveis com carburador são os mais prejudicados
Os automóveis equipados com carburador são os mais suscetíveis. É o caso do jipe Lada Niva 94 do jornalista Eduardo Biaia, que admite um certo desleixo na manutenção do seu carro. “Tive que trocar os filtros de combustível e de ar que estavam sujos. Depois, fui rebocado por causa da sujeira no carburador”, diz. Nos carros com carburador, os filtros absorvem menos resíduos e o sistema de respiro do reservatório se deteriora com o passar dos anos facilitando a entrada de poeira, areia e outras impurezas no tanque.
Injeção eletrônica diminui risco de entupimento
O risco de entupimento por sujeira é menor nos carros equipados com sistema de injeção eletrônica. Neles, o problema ataca a bomba de combustível dentro do tanque, que ao não ser bem refrigerada acaba queimando. Quando essa bomba, que é elétrica, opera dentro de um tanque quase vazio aquece demais e sua vida útil, que normalmente é de 100 mil quilômetros, é reduzida.
Uma coisa é certa: não importa se o modelo do veículo é novo ou antigo, não há motor que agüente à corrosão causada por combustível adulterado. Postos de bandeiras desconhecidas ou com preço muito abaixo do mercado devem ser evitados. Além de passar longe de gasolina de origem duvidosa, é fundamental manter o motor regulado, com a agenda de revisões e trocas de filtros em dia

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Banco móvel motorizado

As tecnologias disponíveis para o transporte de deficientes físicos em automóveis têm sido cada vez mais eficientes. Agora, um equipamento, lançado pela empresa especialista em adaptação veicular Cavenaghi, revolucionou o mercado nacional de veículos adaptados: o banco móvel motorizado.

O produto, que foi apresentado na Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), realizada em São Paulo, permite que o cadeirante entre e saia do carro com segurança e praticidade.

Fora do veículo, o equipamento assume a forma de uma cadeira de rodas. Para entrar no automóvel, o deficiente deve encaixá-la na porta e, em seguida, o assento da cadeira se desprende de sua base e desliza sobre uma plataforma para dentro do veículo. De acordo com Raul Rodrigues de Oliveira Neto, gerente comercial da Cavenaghi Indústria, este equipamento é ideal para pessoas tetraplégicas.



No momento, esta tecnologia ainda não está disponível para o motorista. “A grande dificuldade para adaptação deste sistema para o banco do condutor é a parte do volante, que acaba deixando a pessoa ‘presa’. Há pouco espaço para a entrada do equipamento”, explica o gerente da Cavenaghi. Entretanto, ele prevê que esta adaptação deve ficar pronta até o final do ano.

De acordo com informações da Cavenaghi, o preço de um banco móvel motorizado varia de cerca de R$ 10 mil a R$ 72 mil, dependendo do fabricante e da tecnologia agregada.

A funcionária pública Silvana de Gois Moura Azevedo encontrou nesta tecnologia uma solução para o problema de sua mãe. Ela sofre de câncer de medula, agravado pela diabetes, e perdeu a força nas pernas, tendo a mobilidade bastante reduzida. “Antigamente, utilizávamos o táxi adaptado para levá-la aos lugares. Entretanto, quando íamos retornar do local para casa, muitas vezes não havia táxis adaptados disponíveis no momento e tínhamos que esperar”, conta.

Por conta dessa dificuldade, Silvana passou a pesquisar uma saída para este problema e acabou encontrando no banco móvel, da Cavenaghi. “Estamos muito satisfeitos com o equipamento. Ele pode ser colocado em qualquer tipo de carro e mesmo quando trocamos de veículo, a tecnologia pode ser adaptada, é só levar na Cavenaghi. Agora não temos mais que nos limitar aos horários dos táxis e podemos sair a qualquer hora”, relata.

O equipamento que Silvana utiliza é o banco móvel manual que tem tecnologia semelhante ao motorizado. O valor do banco, neste caso, ficou em R$ 25 mil. Mas a funcionária pública diz que o preço compensa. “Valeu muito a pena adquirir o banco. É um produto que quase não tem manutenção e com ele não é necessário ficar carregando a pessoa, é bem mais tranquilo”, finaliza


Peças e acessórios automotivos terão certificação obrigatória

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) publicou no Diário Oficial a portaria 301, ficando estabelecidos os requisitos mínimos de segurança para peças e acessórios automotivos. Com a publicação, os fabricantes e os importadores terão até janeiro de 2013 para se adequarem às novas normas. O comércio, por sua vez, terá até julho de 2014 para disponibilizar no varejo os itens em conformidade. 

Acidentes

O principal motivo para que o Inmetro decidisse por iniciar um programa de avaliação da qualidade das autopeças foi o grande potencial de risco de acidentes por conta do não atendimento aos requisitos mínimos de segurança. O pedido do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) também foi relevante na decisão do instituto. Representante legítimo dos fabricantes de autopeças no país, demonstrava preocupação com a qualidade de alguns artigos encontrados no mercado.




Componentes

A portaria contempla sete componentes:
- amortecedores da suspensão;
- bombas elétricas de combustível para motores do Ciclo Otto;
- buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores;
- pistões de liga leve de alumínio;
- pinos e anéis de trava (retenção) e anéis de pistão;
- bronzinas;
- lâmpadas para veículos automotivos destinados ao mercado de reposição.
Vidros de segurança de para-brisas, pneus e rodas automotivas já são produtos regulamentados.

Velas automotivas


As velas do carro são responsáveis pelo centelhamento, ou seja, a faísca que dá início a combustão da gasolina, álcool ou diesel dentro do motor. Ela é acionada quando a chave é girada na ignição e, sem ela, não há partida no carro.




Flávio Daniel Izzepi, chefe da oficina da mecânica autorizada Camp Service, em São Paulo, aconselha a troca das velas a cada dez ou 15 mil quilômetros. “Hoje em dia os combustíveis apresentam uma qualidade muito ruim. Isso cria uma borra ao redor do contato da vela, que gera falhas no cilindro e desgaste. E pode até queimar as bobinas ou comprometer o motor, além de promover mais gasto de combustível”, explica o mecânico.



Ele lembra que uma falha de ignição provavelmente terá relação com cabos de vela, velas ou bobinas. O chefe da oficina recomenda que se preste atenção à limpeza dos bicos injetores, pois eles também aumentam o consumo de combustível se estiverem sujos. Outros cuidados devem ser tomados com combustíveis cuja procedência seja duvidosa ou que estejam adulterados. “Por isso, procure sempre por itens de primeira linha”, aconselha.

Quando é hora de trocar as velas:
• A partir de dez ou 15 mil quilômetros rodados.
• Dificuldades na hora de dar a partida.
• Falha na aceleração ou na retomada.
• Aumento do consumo de combustível.
• Perda de potência do motor.

Comprando carros usados

Quem já comprou um veículo usado sabe que essa não é uma tarefa fácil. Embora financeiramente vantajoso, deve-se prestar muita atenção na hora de escolher o automóvel (e até mesmo o vendedor) para não ter dores de cabeça no futuro. Roberto Pacheco, dono da R Pacheco Veículos, loja de carros usados em Curitiba (PR), conta que é fundamental saber da procedência do automóvel. “Antes de qualquer coisa é importante verificar se o veículo está no nome da pessoa que o está vendendo”, afirma.

“Quem deve vender o carro é a pessoa que consta no documento. O comprador não deve aceitar fazer negócios com outra pessoa, porque isso pode causar problemas de documentação e até mesmo perda do veículo no futuro”, alerta Pacheco. Outra dica do vendedor é solicitar um extrato do carro para o proprietário. “Com esse documento você verifica se as multas foram pagas, se o IPVA está em dia. Esses débitos viram responsabilidade do proprietário atual e é preciso arcar com o custo para regularizar o veículo”.



Se a documentação estiver correta, é hora de descobrir se o veículo já foi batido. “Alguns sinais entregam que aquele automóvel passou por reparos, como borracha suja de tinta e manchas na lataria”, ensina Pacheco. A dica para descobrir essas manchas é observar atentamente o veículo em diferentes iluminações. “Outra coisa é a identificação do número do chassi nos vidros e na lataria do veículo. Quando um vidro se quebra em um acidente, por exemplo, a peça de reposição não possui o chassi”.

Uma tentativa frequente de engodo é a alteração da quilometragem. Pacheco conta que mesmo os veículos que possuem velocímetros eletrônicos podem ser alterados – é como hackear um computador. Mas certos sinais podem entregar a adulteração, como o próprio volante. “O ácido úrico, presente no nosso suor, corrói a borracha do volante, por ser um local no qual o motorista mantém as mãos por muito tempo”, revela Pacheco.

Essa corrosão acontece em cintos de segurança, puxadores de porta, câmbio e também borracha dos pedais e bancos do veículo. “Vale a pena observar os pneus – se o velocímetro indica 40 mil km rodados e os pneus estão muito desgastados pode ter certeza de que houve adulteração na quilometragem, porque o desgaste não ocorre com uma quilometragem tão baixa”, explica o lojista. “Se houver uma discrepância muito grande entre os sinais que o veículo apresenta e o velocímetro, ele com certeza foi alterado”, completa.

“Se o carro apresenta um defeito ou alguma coisa quebrada, a gente consegue resolver. Mas se tem problema de origem ou documentação, fica muito mais difícil arrumar”, reforça Pacheco. Ele acredita que o ideal é comprar o veículo em lojas ou revendas autorizadas, por ter a possibilidade de uma solução mais rápida em caso de problemas.