domingo, 3 de abril de 2016

Hospitais estaduais do Rio realizam mais partos normais que média nacional

Mais de 24 mil recém-nascidos vieram ao mundo em hospitais da Secretaria de Estado de Saúde ao longo de 2014. Do total de partos nas oito maternidades estaduais, 15.519 foram normais e 9.001, cesáreas. O número de partos normais nos hospitais do Estado do Rio foi de 64%, ou seja, acima da média nacional, que foi de 48% - segundo pesquisa realizada ano passado pela Fiocruz. Entre as unidades da SES, o destaque foi o Hospital Estadual da Mãe, que realizou 6.123 partos, dos quais 78% foram normais.

O parto normal é o procedimento mais recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pois é mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê. As vantagens são várias, como índices de complicações reduzidos, diminuição das dores pós-operatórias e agilidade na recuperação da mãe. A SES implementa condutas de conscientização da equipe, a fim de que os médicos tenham uma abordagem criteriosa para a melhor prática, seja ela o parto normal ou cesáreo, respeitando o perfil clínico da gestante. O objetivo é que não sejam realizadas cesarianas de maneira indiscriminada.


“Todas as maternidades estaduais adotam a política nacional de humanização, que preconiza o parto humanizado. Essas técnicas procuram minimizar o estresse no trabalho de parto e propiciam maior tranqüilidade durante o nascimento do bebê. Nossas unidades têm perfil para partos de alto risco, portanto o parto normal é incentivado respeitando as condições clínicas da paciente”, afirma o coordenador de maternidades da Secretaria de Estado de Saúde, Jorge Calás.

Em 2014, o Hospital Estadual Rocha Faria se tornou o primeiro do Brasil a receber o título de Amigo da Criança e da Mulher. A chancela é inédita na rede de saúde, tanto entre unidades públicas quanto particulares. O hospital, localizado na Zona Oeste do Rio, foi o primeiro a se adequar às novas diretrizes de qualidade e humanização na assistência materna e infantil estipuladas pelo Ministério da Saúde e Unicef.

Outros projetos com foco no atendimento humanizado tiveram início na rede estadual de saúde em 2014. O uso da redinha foi um deles, sendo introduzido nas Unidades de Terapia Intensiva e Unidade Intermediária (UI) Neonatal da maternidade dos hospitais estaduais Rocha Faria, Albert Schweitzer, Mãe e Mulher Heloneida Studart. Colocado em uma rede dentro da própria incubadora, o bebê fica cerca de uma hora e meia, favorecendo uma recuperação mais rápida.

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