Em dezembro, quando inicia oficialmente o
verão, começa também a temporada mais intensa de chuvas e enchentes. É nesse
período que motoristas, em diversas regiões do país, têm suas habilidades ao
volante testadas ao se verem obrigados a dirigir sob verdadeiros temporais. A
partir deste cenário, o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi
Brasil) elaborou um estudo com a finalidade de oferecer um indicativo técnico
tanto para a indústria automotiva quanto para o consumidor. Trata-se do Índice
de Danos de Enchente, que avalia o risco da ocorrência de panes mecânicas e
elétricas pela exposição indevida de carros às lâminas d'agua, garantindo sua
mobilidade. Os veículos são avaliados com notas que variam de 0,5 a 5 estrelas,
em que quanto maior a nota, menores os riscos de danos.
Segundo o estudo, entre os carros mais bem
avaliados estão o Renault Fluence (Dynamique CVT) - único modelo a atingir a
nota máxima, com cinco estrelas - e o Sentra (versões S, SV e SL), da Nissan,
com 4,5 estrelas. Com quatro estrelas, compõem o ranking os modelos Peugeot 208
(Active e Allure), Renault Duster high-flex 4x2 (Expression), Chevrolet Cobalt
(LTZ).
Para Emerson Farias, analista técnico do
Cesvi Brasil, alguns cuidados são necessários para guiar carros em condições
adversas, como no caso de fortes chuvas ou enchentes. "Um erro comum é
querer arriscar e passar com o automóvel em áreas alagadas. É aconselhado, no
máximo, passar em trechos em que a água esteja na altura da metade das rodas do
carro, como é informado no manual do proprietário. O que passar disso, é
risco", afirma Farias. "Em geral, quando a rua está coberta pela
água, o motorista raramente consegue ver se há buracos ou barreiras na pista, o
que agrava o cenário de possíveis acidentes. O melhor mesmo é encostar o carro,
desligá-lo e aguardar pacientemente até que a água baixe para seguir caminho",
reforça.
Um erro recorrente cometido pelos
motoristas, segundo o analista, é querer seguir outro carro em situações de
alagamento aparente. "É uma ilusão pensar que, quando um carro à frente
abre espaço, é a hora certa de seguir caminho e pegar ‘carona' no rastro. Por
um momento pode funcionar, mas a água, uma vez dispersa, volta em formato de
onda normalmente mais forte, o que é pior para o carro e pode colocar em risco
o veículo e o motorista", declara Emerson. "A mesma orientação vale
para quem tem carros mais altos. Mesmo mais seguros, devido à altura em que
seus componentes estão instalados, a orientação é sempre não arriscar,"
finaliza.
Fonte: SegNotícias
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