segunda-feira, 30 de outubro de 2017

SUS sente impacto de famílias "expulsas" de planos por crise econômica

A redução de renda e o desemprego "expulsaram" dos planos de saúde milhares de famílias que, sem alternativas, estão indo buscar atendimento médico nos serviços públicos de saúde. Em São Paulo, o governo do Estado já sente os efeitos. Dados recentemente revelados indicam que o número de atendimentos, internações e cirurgias tem aumentado de forma considerável. E a tendência, se persistir a retração econômica, é de agravamento da situação. 

"Infelizmente, as perspectivas não são nada animadoras", afirma a advogada Rosana Chiavassa, especialista em Direito da Saúde. Segundo ela, as operadoras de saúde estimam redução de 500 mil beneficiários até o fim do exercício de 2015. "Estas famílias são vítimas de um processo político e econômico que ninguém sabe quando vai terminar", explica, lembrando que o Estado há tempos deveria estar preparado para este aumento da demanda. "Esta crise não começou ontem," acrescenta.


De acordo com a advogada, em meio a este pessoal que hoje recorre ao SUS encontram-se famílias que sofreram redução de renda e não conseguiram migrar para um plano de saúde mais econômico, por falta de opções no mercado. O desaparecimento dos modelos de planos de saúde voltados para pessoa física se deve ao controle exercido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que é quem define os índices de correção e aumento de preços das mensalidades.

"Este não é um problema novo, mas ainda não há solução à vista no curto prazo. E enquanto esta solução não chegar, as famílias que poderiam arcar com um plano de saúde mais barato são também obrigadas a buscar refúgio no serviço público", afirma Chiavassa.

Em sua opinião, a ANS deveria dedicar mais atenção a este segmento do mercado, que conta com número expressivo de usuários. "A ANS tem também a sua cota de responsabilidade, sim. Há tempos deveria ter convocado as partes interessadas nesta questão para juntas buscar uma solução efetiva para este problema", explica a advogada.
"A sua demora em resolver esta situação afeta tanto às famílias que buscam no mercado opções de plano de saúde compatíveis com a sua renda como os serviços públicos de saúde, que têm a obrigação legal de acolher a todos que buscam os seus serviços", afirma.

Fonte: SegNotícias

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