sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ato público cobra propostas de reajuste dos honorários médicos

Um ato público reuniu o Sinmed-RJ, o Cremerj, a Associação dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (Somerj) e sociedades de especialidades médicas, nesta quarta-feira (08), em frente ao prédio do Bradesco - uma das maiores operadoras de planos de saúde, no Rio de Janeiro. A categoria se mobilizou contra os atrasos na apresentação de propostas de reajustes dos honorários médicos, conforme determina a Lei 13.003.

"Não vamos aceitar continuar recebendo honorários irrisórios, enquanto as empresas ligadas aos grandes bancos se enchem de lucros", protestou o diretor do Sinmed-RJ, José Alexandre Romano. "As operadoras exploram o médico e danificam a qualidade do atendimento aos pacientes", completou.

A conselheira do Cremerj, Márcia Rosa, alertou ainda para a diferença na remuneração pelas cirurgias realizadas em pacientes que estão internados em quartos particulares e dos que estão em Enfermaria. "Quando realizamos cirurgias em pacientes de que estão em quartos particulares, recebemos o dobro do valor. Isso é inaceitável. Não somos hotéis para sermos precificados de acordo com o número de estrelas", disse Rosa.



A conselheira alertou ainda para a necessidade de inclusão dos odontologistas na luta. "Os colegas da odontologia estão sendo tratados como brindes - contrata-se um plano de saúde e ganha-se um odontológico".

De acordo com a cirurgiã-dentista do Conselho de Convênios e Credenciamentos do Conselho Regional de Odontologia, Acácia de Andrade, a categoria está sem receber reajuste há mais de 20 anos. "Estudos mostram que as operadoras de planos odontológicos têm lucro de 60%", afirmou.

De acordo com um estudo que o Sinmed-RJ solicitou ao Dieese, cada consulta consome um valor atual de R$ 77,71. Hoje, o valor pago por consulta pelas operadoras do Rio de Janeiro varia entre R$ 40 e R$ 70. Os valores pagos atualmente cobrem apenas os custos ou, em alguns casos, os médicos pagam para trabalhar.

O presidente da Associação Médica da Ilha do Governador, Rômulo Capello, informou que os reajustes anuais dos valores cobrados pelas empresas aos pacientes não são repassados para os médicos."Queremos reajuste para a valorização do profissional médico".

A remuneração mínima proposta pelo sindicato, a partir do piso atualizado da Fenam (R$ 11.675,94 para 20 horas semanais de trabalho) é de R$ 136, sobrando para o médico apenas R$ 59, por meia hora de consulta, o que é aviltante. Vale destacar que uma consulta realizada com cautela e qualidade dura mais do que 30 minutos.

"A solução é paralisação dos atendimentos aos convênios, que não respeitam a lei", declarou o presidente da Associação de Clínicas e Consultórios Ortopédicos do Rio de Janeiro (Accoerj), Jorge Luiz Petros.

No próximo dia 15, será realizada outra assembleia, na sede do Cremerj, para informar aos médicos quais operadoras apresentaram propostas e que medidas serão tomadas em relação às empresas que se omitiram. Em breve, serão informados mais detalhes sobre essa reunião.

Também participaram da manifestação os diretores do Sinmed/RJ, Eraldo Bulhões, Rogério Antônio Silva Barros, Jorge Luiz do Amaral (Bigu) e Norival dos Santos.

Fonte: SegNotícias

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