segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Deputado diz que diretoria do Postalis não procurou saber sobre investimentos duvidosos


Durante a audiência de depoimento de Antonio Carlos Conquista, diretor-presidente do Instituto de Seguridade Social dos Correios - Postalis, na CPI dos Fundos de Pensão da Câmara, desta terça-feira (25), o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), segundo-vice-presidente da CPI fez vários questionamentos à Conquista sobre os investimentos aplicados pelo Postalis e que acarretaram num rombo de R$ 5,6 bilhões ao fundo dos Correios.

Moreira indagou Conquista sobre a compra de um terreno em Cajamar (SP), feita em 2012 pelo fundo, e que é alvo de investigação. Há suspeita de fraude no contrato de compra entre o Postalis, o proprietário do terreno, o empresário Luiz Fernando Pires e uma empresa com sede na Nova Zelândia chamada Latam Real State. A empresa neozelandesa teria atravessado o negócio do fundo e comprado o terreno por R$150 milhões de Luiz Fernando Pires e revendido, três meses depois, para o fundo por R$196 milhões.



A Justiça Federal de São Paulo pediu, no mês de julho, o bloqueio dos bens de 21 pessoas, 13 delas ligadas ao Postalis, inclusive os bens de Conquista, por conta dessa compra em Cajamar. Hoje o terreno abriga um centro logístico dos Correios.

Samuel Moreira destacou durante a oitiva as fracassadas aplicações financeiras feitas com os recursos do Postalis. A BNY Mellon, responsável pelos investimentos do fundo, teria gerado prejuízo milionário ao fundo. "Gostaria de saber quais foram as medidas internas tomadas em relação a isso", cobrou o parlamentar. O presidente confirmou que as aplicações de R$ 370 milhões hoje somam apenas R$ 250 milhões.

Outro investimento suspeito citado por Moreira é o do Grupo Galileo, constituído em 2010 a partir da reunião de instituições de ensino do Rio de Janeiro. O retorno dos investimentos feitos pelo Postalis, algo em torno de R$ 100 milhões, estariam ligados aos ganhos da faculdade de medicina. "Temos notícia de que esse grupo quebrou e as faculdades foram fechadas", alertou o parlamentar. Segundo o Conquista, o Ministério da Educação suspendeu a autorização para o curso de medicina e o Postalis pediu a liquidação antecipada do investimento. Ele disse que foram investidos R$ 81 milhões e recuperados somente R$ 44 milhões.

Fonte: SegNotícias

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