domingo, 17 de setembro de 2017

Cresce a procura de jovens por blindagem de automóveis


O crescimento da violência urbana tem feito com que a blindagem automotiva, serviço tradicionalmente buscado por executivos quarentões e cinquentões, também passasse a ser cada vez mais procurada pelos jovens no país.

De acordo com a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), em 2011, cerca de 12% dos homens e 14% das mulheres que recorreram a esse tipo de proteção estavam entre 18 e 29 anos. Em 2014, a participação dessa faixa etária saltou para 18% e 21%, respectivamente.

Embora os últimos números da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo tenham revelado queda de 23,88% no número de latrocínios (roubos seguidos de morte) no primeiro semestre desse ano em comparação com o mesmo período de 2014 - foram 183 casos em 2015 contra 201 nos primeiros seis meses do ano passado - a sensação de insegurança segue crescente e a procura dos jovens pela blindagem acompanha esse medo, em proporção semelhante a busca de proteção por parte de seus pais.



Na Concept Blindagens, sediada em São Paulo, do volume total de veículos que estacionaram na empresa para receber a proteção, a parcela de jovens entre 18 e 29 anos saltou de 10% para 30% nos primeiros seis meses de 2015. "Com equilíbrio entre homens e mulheres, o perfil desse público é formado não só por jovens executivos como também por estudantes de renomadas universidades, amedrontados com a criminalidade crescente inclusive dentro das instituições de ensino", explica Fábio Rovêdo de Mello, diretor da empresa.

Diferentemente do que normalmente acontece com executivos, clientes tradicionais, que blindam modelos mais luxuosos de carros, os veículos trazidos por esses jovens em busca da segurança são de versão intermediária, de marcas diversas. "Geralmente, são carros como o Corolla, da Toyota, o Tiguan, da Volkswagen, e o ASX, da Mitsubishi, modelos de menor valor comparado aos tradicionais do segmento premium", revela o diretor da Concept, que ressalta: "são jovens em início de carreira profissional, que passam a receber salários, prêmios e bonificações, o que lhes permitem o acesso ao desejado veículo blindado".

A procura desse público se concentra mais em São Paulo, embora a empresa já tenha recebido procura de jovens dos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Além do Okm blindado, Fábio Rovêdo de Mello destaca também o crescimento da procura pela blindagem em veículos seminovos, com valor acessível e com a mesma eficácia de proteção. "Trata-se do cliente, também muitas vezes jovem, que já possui um veículo com até dois anos de uso e que procura a blindadora com o desejo de blindá-lo, como alternativa de segurança frente a violência urbana".

Jovens menores de 18 anos também sofrem com a sensação de insegurança. Pesquisa dos Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem) Criança e Adolescente, da Rede Nossa São Paulo, publicada recentemente, revelou que a violência em São Paulo assusta 56% das crianças e adolescentes que vivem na capital paulista.

No levantamento, realizado com 805 crianças e adolescentes de 10 a 17 anos em todas as regiões da cidade, 61% afirmaram ter medo de assalto ou roubo. Outros 33% disseram que se sentem inseguros com o tráfico de drogas e 21% de sair à noite.

Os jovens são as maiores vítimas das mortes por armas de fogo no Brasil. De acordo com o Levantamento do Mapa da Violência 2015, com dados de 2012, de 42.416 óbitos ocorridos no ano, 24.882 foram de pessoas entre 15 e 29 anos (59%).

Os dados fazem parte do estudo "Mortes Matadas por Armas de Fogo", divulgado pela Unesco em maio deste ano.

O mapa da violência revela que, em 2012, Alagoas registrou a maior taxa de morte por arma de fogo, com 55 óbitos para cada 100 mil habitantes. No Distrito Federal, a taxa foi de 30,3 mortes. O Estado do Rio registrou 22,1 mortes por armas de fogo para cada 100 mil habitantes e SP apresentou taxa de 10,1.

Fonte: SegNotícias

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