sábado, 16 de setembro de 2017

Consultores de seguros criticam falta de atenção de seguradoras


A concorrência acirrada, a redução de custos com diminuição do quadro de colaboradores e um volume crescente na demanda de trabalho são fatos comuns na maioria das empresas brasileiras. Porém, quando essa passa a ser também a realidade de operadoras e seguradoras, quem mais sofre com isso são os corretores e consultores de seguros.

No meio de uma relação conflituosa entre operadoras e beneficiários, os profissionais tem percebido que a falta de atenção e de proximidade impede a resolução de problemas simples, mas rotineiros. "Sabemos que todos têm muito trabalho a fazer, mas é preciso que as operadoras dediquem algum tempo para nos ouvir. Temos queixas freqüentes dos nossos clientes e simplesmente não conseguimos entregar soluções porque não há devolutivas dos problemas que apresentamos", explica a consultora de seguros Barbara Belliene, da Lockton Brasil.

Um dos reflexos dessa situação aconteceu recentemente, quando a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 87 planos de saúde de 22 operadoras, afetando 3,2 milhões de beneficiários. Entre as principais reclamações dos clientes estavam justamente o não cumprimento dos prazos máximos de atendimento e outras queixas de natureza assistencial, como negativas indevidas de cobertura.



Para voltar a comercializar seus planos, as operadoras precisam resolver os problemas assistenciais para que possam receber novos beneficiários. “Já ouvi outros corretores reclamando que algumas operadoras, quando crescem demais, se tornam também mais burocráticas. Isso afeta não apenas o desenvolvimento de novos negócios, mas também os que já estão ativos na carteira”, garante Marcos Garofalo, da Cedo Consultoria.

Um dos motivos para o agravamento dessa situação talvez esteja no fato de que algumas instituições financeiras continuam abrindo novos canais de venda. Para combater esse aumento da concorrência, uma das armas mais utilizadas é a redução de custo dos planos e produtos. Porém, quando os reflexos dessa precarização atingem o beneficiário, costumam dar dor de cabeça ainda maior aos corretores de seguros.

Percebendo uma oportunidade nesse cenário, uma operadora de planos exclusivamente odontológicos tem buscado se aproximar mais dos corretores insatisfeitos para alavancar novos negócios e construir um modelo de parceria verdadeiramente profissional. Essa postura levou o Inpao Dental a aumentar em 55,7% o número de beneficiários e ao mesmo tempo reduzir a sinistralidade em quase 20% em comparação ao índice médio registrado pelo mercado nos últimos anos.

“Toda a nossa estrutura de operação é baseada em menor burocracia e maior devolutiva sobre as demandas e necessidades dos nossos parceiros. Já trabalhamos dessa forma há muito tempo e acreditamos que esse perfil é um dos motivos para termos uma alta fidelidade. Tanto, que a média de permanência dos nossos clientes na carteira é de 10 anos”, revela José Henrique de Oliveira, diretor de Operações e Credenciamento do Inpao Dental.

Vale lembrar que desde o início do programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento da ANS, 1.099 planos de 154 operadoras já tiveram as vendas suspensas. Outros 924 planos voltaram ao mercado após comprovar melhorias no atendimento. Vale lembrar que o Brasil possui hoje 50,8 milhões de consumidores com planos de assistência médica e 21,4 milhões com planos exclusivamente odontológicos.

Fonte: SegNotícias

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